Toda esta conversa acerca da putativamente justa "equiparação" das condições contratuais, leia-se facilidade de despedimentos, do "sector público" ao "sector privado" não passa de "tinta de choco" ou seja de camuflagem para esconder no bojo, como na nau de António de Faria, o desmantelamento dos serviços públicos (Saúde, Educação, Segurança Social, etc.), destruindo um embrião de "Estado Social" com cerca de meio-século, entregando a parte suculenta aos "privados" (que por cá e resta saber se por algum lado, estão longe de o ser na verdade) e deixar o resto ao deus-dará.
A campanha negra contra o Estado e os Funcionários Públicos, e, atente-se, não há nada que não precise de reforma, apenas pretende cultivar e navegar a velha onda das rivalidades e dos ressentimentos no mais velho e relho estilo do "dividir para reinar", na certeza porém que nada irá ficar melhor para quem quer que seja e que a conversa da "equidade" (que bizarra interpretação do conceito, razão tinha o velho Marx quando disse que a "ideologia" era o mundo de pernas para o ar) é apenas "música para camaleões".
Perguntar-me-ão:
Então e o Renova Preto?
Bem, como tudo isto não passa de tinta de choco é melhor recorrer a um dos nossos mais bem-sucedidos produtos de exportação, ideal para quem come chocos com tinta.