terça-feira, 28 de maio de 2013

Renova Preto


Toda esta conversa acerca da putativamente justa "equiparação" das condições contratuais, leia-se facilidade de despedimentos, do "sector público" ao "sector privado" não passa de "tinta de choco" ou seja de camuflagem para esconder no bojo, como na nau de António de Faria, o desmantelamento dos serviços públicos (Saúde, Educação, Segurança Social, etc.), destruindo um embrião de "Estado Social" com cerca de meio-século, entregando a parte suculenta aos "privados" (que por cá e resta saber se por algum lado, estão longe de o ser na verdade) e deixar o resto ao deus-dará.
A campanha negra contra o Estado e os Funcionários Públicos, e, atente-se, não há nada que não precise de reforma, apenas pretende cultivar e navegar a velha onda das rivalidades e dos ressentimentos no mais velho e relho estilo do "dividir para reinar",  na certeza porém que nada irá ficar melhor para quem quer que seja e que a conversa da "equidade" (que bizarra interpretação do conceito, razão tinha o velho Marx quando disse que a "ideologia" era o mundo de pernas para o ar) é apenas "música para camaleões".
Perguntar-me-ão: 
Então e o Renova Preto?
Bem, como tudo isto não passa de tinta de choco é melhor recorrer a um dos nossos mais bem-sucedidos produtos de exportação, ideal para quem come chocos com tinta.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Fábula do Cavaco e do Bichano









Nenhum destes senhores é um palhaço.

(Quando era menino havia nos circos uns "entertainers" para os tempos mortos, que eram chamados "animadores de pista". Por  sinal pareciam, mas não chegavam a ser, palhaços.)




quinta-feira, 23 de maio de 2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

De Pierrot le Fou a Peter O'Tolo

 
 

Pedro Passo Coelho apanhado, mais uma vez, a tratar a língua portuguesa como trata o País, a pontapé - pelo menos aqui é coerente, desta feita foi o "muito péssimo" - perante a chacota, tratou de "desdramatizar" alegando que se tratara de uma "gaffe deliberada".
Ora, para quem - depois do outro Pedro (Santana Lopes), demais a mais proveniente da mesma "cantera", ter descoberto os concertos para violino de Chopin - teve como livro de cabeceira decerto o original da obra, inédita, de Sartre, "A Fenomenologia do Ser", estará familiarizado com o rigor lógico e argumentativo desta plêiade de autores, não deixa de ser estranho que considere que há "gaffes deliberadas".
E nós que pensávamos (é verdade - a pensar morreu um burro) que a própria definição de gaffe incluía a não deliberação e logo, a involuntariedade.
É normal que intelectuais deste gabarito, que  a partir da investigação de espólios autorais conseguiram dar o grande salto epistémico para o espólio público, se baralhem um pouco e cometam a gaffe de chamar gaffes a algo que "no meu tempo" mereceria a bem mais prosaica designação de asneira!!!