sábado, 24 de dezembro de 2011

Hot Dogs






Nunca esquecer que na China, comer "hot dogs" (ou "hot frogs") não é mera figura de estilo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Gaudete"



Deixem-me partilhar convosco a melhor canção de Natal que conheço, em que resistem o júbilo e a esperança.

Feliz Natal!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Para Não Calhar, Calhou!




Obrigado pela "troika" a alienar as participações estatais em antigos monopólios públicos, (que isto das golden shares é só para os Bancos, ou seja só quando se trata de salvar o capital - que raio de "liberalismo" este...), o governo decidiu-se por entregar a parte estatal da EDP a uma empresa chinesa, a "Three Gorges" ("Três Gargantas") que titula a grande barragem do mesmo nome e é uma empresa estatal (aliás, lá tirando talvez umas quantas lavandarias e aqueles carrinhos que vendem na rua coxinhas de rã e carne de cão, não consta que haja outras).
Deixem-me lá ver se entendi: o Estado português está proibido pelos ditames do acordo com a "Troika" de deter capital em empresas estratégicas, mas o Estado chinês já pode deter importantes fatias do capital nas empresas estratégicas portuguesas que, assim, serão tuteladas directamente (deixemo-nos de tretas...é isso mesmo) por um Estado estrangeiro. Qual Soberania qual quê? Há mais vida para além da Merkel e a escravatura é como o dinheiro, não tem cor, nem cheiro.
Fica aqui plenamente exemplificada a curiosa, engraçada e muito certeira expressão algarvia: "Para não calhar, calhou" - que a minha mulher utiliza muito para designar situações de queda naquilo que alegadamente se pretenderia evitar.
E não é que fica bem entregue à "Três Gargantas".
Se não vejamos:
Primeira: "Garganta Amarela".
Segunda: "Garganta Vermelha".
Terceira: "Garganta Funda".

Leviandades




Um deputado do PSD, qualquer coisa "Meneses" (ou "Menezes", pelos vistos no PSD abundam uns e outros), vice-presidente do Grupo Parlamentar, censurou a "leviandade" das declarações de Cavaco Silva quanto a algumas medidas políticas do governo. Alusão em concreto ao confisco dos subsídios de férias e Natal à parte dos trabalhadores portugueses a que acontece serem funcionários públicos. Mas lá foi condescendendo e disse que, ainda assim, o PSD "mantinha a confiança" em Cavaco.
E eu que julgava que o Presidente da República tinha sido eleito pelo sufrágio maioritário dos eleitores portugueses e não pelas declarações públicas de confiança ou desconfiança dos porta-vozes do PSD e das suas ameaças mais ou menos insinuadas. Também julgava que quem tinha que merecer a confiança dos Presidentes da República eram os governos saídos das conjunturais maiorias parlamentares e que quem dava posse a esses governos eram os Presidentes da República. Devo ter andado equivocado estes anos todos.
É certo também que certas "realidades" nuas e cruas costumavam ser embrulhadas num manto diáfano chamado decoro, que, como a cortesia, era para isso que devia servir. Mas estes gajos apesar de se chamarem "Menezes" (ou "Meneses" ou lá o que é), para além de ignorarem o prudencial conselho de que "a roupa suja se deve lavar portas adentro"; já não sabem o que tais coisas sejam, quanto mais para que servem.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Baixo Comissário



Li num newsletter de esquerda que Passos Coelho é um "gauleiter" da Merkel.
Cá para mim é mais, assim tipo, um "Baixo Comissário".

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Carta de Chamada



Se o senhor Primeiro-ministro se decidisse a seguir o seu próprio conselho, nem sequer teria de sair da sua "zona de conforto" uma vez que a sua emigração para um dos países de língua oficial portuguesa poderia ser encarada apenas como um retorno. Até lhe devia muito fácil conseguir uma "carta de chamada", pois com certeza que ainda tem lá família.

domingo, 18 de dezembro de 2011

A Mala de Cartão




Primeiro foi um Secretário de Estado ( um "ajudante" no léxico cavaquista) a sugerir aos jovens que abandonem a sua "zona de conforto" e emigrem. Agora foi o próprio Primeiro-ministro a fazer o mesmo convite aos professores.
Já agora e antes de sugerir a ambos que vão para a real raiz quadrada dos entrefolhos da mãezinha de cada um deles, porque não desamparam a loja e emigram eles próprios - um para a Mauritânia, para onde o Ministro da Defesa viajou de Falcon e outro para o Burkina Fasso?! Ficávamos todos decerto mais confortáveis.

Are You Joking Mr. Safe?!



«Quero lançar desde Viseu um desafio ao primeiro-ministro: tem uma boa oportunidade para dar uma boa notícia aos portugueses. O Conselho de Ministros vai reunir extraordinariamente e eu desafio o primeiro-ministro a que finalmente ponha fim à austeridade e que tome medidas concretas para o crescimento económico e para o emprego no país» - afirmou António José Seguro.
Será para levar "a sério" ou apenas "a brincar"?
Estas coisas fazem-me lembrar uma "estória" que o meu pai costumava contar:
Um gajo dá uma chapada noutro e este pergunta com a mão na bochecha:
- Ouve lá pá, isso foi a sério ou a brincar?
- Foi a sério. Porquê?!
- Ainda bem. É que comigo ninguém brinca!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sôdade






Senhora - os meus respeitos.

A "Verdade" Servida às Fatias




O Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje que a sua própria reforma, lá para 2031, poderá vir a ser cerca de metade do seu actual vencimento e aproveitou o ensejo para anunciar um "Conselho de Ministros Extraordinário" para este domingo, 18 de Dezembro, em que serão anunciadas mais "Medidas Estruturais" para as quais diz contar de antemão com reacções violentas.
Ora, esta "assunção", não "Cristas", mas muito pouco "cristã", significa apenas que este (des)governo trocou a estratégia clássica de servir o "mal" todo de uma vez, pela da "verdade às fatias". Ou seja: em vez de dizer - ir dizendo e em vez de fazer - ir fazendo. Só e apenas porque, neste caso, o "mal" é mau demais.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O Mentiroso e o Coxo





Um provérbio antigo, como todos os provérbios e por isso politicamente incorrecto, reza que "é mais fácil apanhar um mentiroso do que um coxo". Hoje já não há nem "mentirosos" nem "coxos" (o meu avô, por exemplo, era "maneta"), haverá quando muito uns sujeitos que dizem umas "inverdades" e uns "portadores de deficiência motora".
É claro que com isto não estou a equiparar moralmente uns e outros, estou apenas a revelar que a eufemização da linguagem é que os equipara, ainda que alegue sempre pretender o contrário.
José Sócrates declarou que "é uma ideia de criança que as dívidas dos países sejam para pagar. Elas são para gerir". E neste caso, atabalhoadamente é certo, disse a verdade. Mas como um mentiroso, ainda que eventualmente diga a verdade, nunca abandona essa condição - as suas declarações prestaram-se a ser "saco de boxe" e nisto o actual Primeiro-ministro teve alguma decência, deixando o odioso por "Portas e travessas". Provando-se o também velho aforismo de que em "pulhítica" não há gratidão, foi Freitas do Amaral, que se a memória não me falha se demitiu do cargo que Portas hoje ocupa por causa das "dores nas costas", que o veio "crucificar" na praça pública. Merecia a resposta que Mário Soares deu a Basílio Horta, outro trânsfuga do CDS, na campanha para as Presidenciais de 91 quando este, tendo aceitado o democrático encargo de ser "boneco de palha" e como lhe faltasse argumento, decidiu atacar acusando o "despesismo" das viagens de Estado do então Presidente:
- Ai é?! Pois fique sabendo que nunca mais o levo! - respondeu a "velha raposa".
Ora sendo verdade que as dívidas (pouco)soberanas são para gerir, não é menos verdade que só é soberano quem não tem dívidas e ainda mais que os seis anos da "brincadeira de crianças" que foi o consulado de Sócrates a deixaram "ingerível".
Quem te manda "mentiroso" quereres voltar a ser apenas "coxo"?!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Tratados



Para quê mudar os Tratados se não mudarem os "Tratantes"?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A "Reforma" das Autarquias




A sanha "reformista" do governo quanto às autarquias parece ter-se ficado pelo "elo mais fraco", as Freguesias. Quanto ao resto "tudo na mesma como a lesma". Outra coisa é que seria de estranhar, pois este executivo de matiz "elitista" e "tecnocrático" foi levado ao colo pelo lobby mais "popularucho" do PSD/PPD, como o "menino guerreiro" gosta de dizer, precisamente a "rapaziada" das Câmaras.
A monumental vaia ao ministro Relvas testemunha de modo eloquente a ira do escalão básico do Poder Local perante mais uma evidência da governação à antiga portuguesa, sempre forte com os fracos e fraca com os fortes.
Há no sacrifício das Freguesias um grande risco que como muitos outros não terá sido acautelado: as Juntas de Freguesia vão de novo fazer muita falta e voltar à prática de uma das suas mais tradicionais funções que, aliás, já vem dos tempos da "outra senhora" - passar os célebres "atestados de pobreza".
Estou como a Professora Isabel do Carmo num excelente texto no "Público" - "já vivi nesse país e não gostei".

sábado, 3 de dezembro de 2011

O Vinho É Sempre de Pias




Nestas coisas das patuscadas é preciso ter cuidado, pois com o vício da ganância aliado à incompetência reinantes neste jardim à
beira-mar plantado, os resultados estão à vista, não é raro acontecerem situações indesejáveis. Quando aqueles grandes "grupios" combinam locais de repasto comemorativo, apanham as mais das vezes, nomeadamente no que toca ao vinho, para além das expectáveis "toucas" pós-prandiais, grandessíssimas "banhadas".
Havia mesmo um "clássico", entretanto e pelos piores motivos caído em desuso, que era o de perante a "sacramental" pergunta: "Então e o vinho de onde é?" - o "patrão" ter, na ponta da língua, a resposta pronta e firme: "Oh meu amigo, o vinho é de Pias". É claro que se não era, passaria em breve a ser, tendo-as (às pias) como quase inexorável destino "gregoriano".
O vinho agora servido neste eventos, em restaurantes da treta, geralmente com vida efémera e montados (na verdade para nos "montarem") por dondocas e peraltas que não têm, nem nunca tiveram ou terão, vida para aquilo; onde também ou não se chega sequer a comer, tal a exiguidade, a demora e a falta de qualidade da cozinha e do próprio serviço, de acordo com o putativo air du temps, já não é avulso e vem mesmo engarrafado por uma qualquer "Sociedade Vínicola da Marteleira", trazendo até no contra-rótulo a indicação das putativas (porque filhas delas) "castas": "trincadeira", que te trinca os miolos na ressaca; "touriga nacional", assim uma vaca de fogo anã, que te queima e marra no estômago ao acordares; "rabo de ovelha", que é a que te vai saber a boca na manhã seguinte (para além dos tradicionais "papéis de música");
"esgana-gato" que é como o teu fígado, pâncreas e vesícula se vão sentir, "esganados" e mal pagos.
Por isso, compinchas, não se deixem enganar pela treta da comida "caseira" e pelo engodo do "vinho do produtor". Afinal de contas, tirando as sardinhas assadas e um ou outro "bárbicu" (como costuma dizer um novo-rico meu conhecido, que também diz que bebe uns "apiritivos"), toda a comida se faz debaixo de telha (ou placa) e mesmo a pior das zurrapas feita de álcool, água (segundo Abel Pereira da Fonseca, o ingrediente essencial, tanto que lhe são atribuídas as frases :"enquanto no Tejo correr água, não faltará vinho aos portugueses" e "das uvas também se faz vinho") e anilina, tem certamente um "produtor".

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Aleluia




Vazam-se os arsenais e as oficinas,
Reluz, viscoso, o rio; apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.

Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.

Cesário Verde, "O Sentimento dum Ocidental"

Os seis pescadores da embarcação das Caxinas que estava desaparecida desde terça-feira foram resgatados com vida.
Os pescadores, que se encontravam incontactáveis há três dias, foram encontrados numa balsa salva-vidas a 12 milhas a norte do cabo do Mondego e resgatados por um helicóptero Merlin da Força Aérea.
Mais um caso de portugueses que certamente têm vivido acima das suas possibilidades.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

1º de Dezembro de 1640



Viva Portugal !
Glória aos Conjurados !