quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Leviandades




Um deputado do PSD, qualquer coisa "Meneses" (ou "Menezes", pelos vistos no PSD abundam uns e outros), vice-presidente do Grupo Parlamentar, censurou a "leviandade" das declarações de Cavaco Silva quanto a algumas medidas políticas do governo. Alusão em concreto ao confisco dos subsídios de férias e Natal à parte dos trabalhadores portugueses a que acontece serem funcionários públicos. Mas lá foi condescendendo e disse que, ainda assim, o PSD "mantinha a confiança" em Cavaco.
E eu que julgava que o Presidente da República tinha sido eleito pelo sufrágio maioritário dos eleitores portugueses e não pelas declarações públicas de confiança ou desconfiança dos porta-vozes do PSD e das suas ameaças mais ou menos insinuadas. Também julgava que quem tinha que merecer a confiança dos Presidentes da República eram os governos saídos das conjunturais maiorias parlamentares e que quem dava posse a esses governos eram os Presidentes da República. Devo ter andado equivocado estes anos todos.
É certo também que certas "realidades" nuas e cruas costumavam ser embrulhadas num manto diáfano chamado decoro, que, como a cortesia, era para isso que devia servir. Mas estes gajos apesar de se chamarem "Menezes" (ou "Meneses" ou lá o que é), para além de ignorarem o prudencial conselho de que "a roupa suja se deve lavar portas adentro"; já não sabem o que tais coisas sejam, quanto mais para que servem.

2 comentários:

Filipe disse...

Sem mais, Tó-Zé.

Luís Nunes

imank disse...

Tão amigos que eles eram...

Tozé