segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Alembradura (Para Avivar a Memória a Muita Cavalgadura)

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Frase atribuída ao Marquês de Pombal:

Não se esqueçam que para tirar um homem de sua casa, mesmo depois de morto, são precisos, pelo menos, quatro.

domingo, 30 de outubro de 2011

Sem Tecto Entre Ruínas



O Método "Passos" para enfrentar a Crise:
Comer em casa, ficar em casa a ver televisão e só sair de casa para ir trabalhar.
Isto para quem ainda ficar com casa, tiver trabalho, dinheiro para comprar comida, ânimo para cozinhar e não lhe tiverem penhorado o televisor.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Leviathan ou do alegado "Estado a mais" e da necessidade de campanhas de ódio



O estilo foi inaugurado por Sócrates com o "combate aos lobbies e às corporações" através da diabolização dos magistrados, professores e outros corpos profissionais do Estado e ficou claro que se traduziu numa cortina de fumo, miserável e demagógica, para deixar incólumes os verdadeiros “lobbies” e as verdadeiras e poderosas corporações dos grandes interesses, que se conseguem até dar muito bem com este género de "socialistas". Agora é Passos que o retoma, não pela voz do "prior", mas por interpostos e ruidosos acólitos dos tais que andam há três décadas a vociferar contra o "Estado Social" e os seus "privilégios" e "regalias", enquanto se locupletam com as grandes negociatas promovidas em torno do tal Estado que juram execrar.
Parece que em Portugal nenhum conjunto de medidas que afectem interesses e expectativas, pode ser tomado, mesmo no limite do estado da mais ingente necessidade, sem que seja acompanhado de um "fogo de barragem" propagandístico que se traduz por autênticas campanhas de ódio, através da instigação à cizânia e da velha técnica do "dividir para reinar".
Até quando abusarão estes politiqueiros da nossa paciência?!
Vamos a factos:
Se é certo que o Sector Estatal (não lhe chamo Público porque na verdade o não é, uma vez que não serve a todos com equidade e está capturado por interesses privados em "coutadas" de vária ordem) - o tal baptizado de "Monstro" por quem mais o fez alimentar - tem vindo a "engordar" desde antes do 25 de Abril e se, no essencial, tem servido para o enriquecimento ilegítimo de uns poucos, é também certo que têm vindo a sobrar as "migalhas" para muitos, compensando numa espécie de "direito por linhas tortas", a míngua e as assimetrias que caracterizam, desde tempos imemoriais, esta ditosa Pátria.
O "Álvaro" (é assim que Álvaro Santos Pereira, Ministro da Economia e mais de uma mão cheia de coisas, diz gostar de ser chamado) até escreveu uma pequena obra (claro que os livros, como os homens, não se medem aos palmos, mas este livrinho fica-se, em geral, por uma forma engraçada de dizer um conjunto de banalidades. Bem pouco, por sinal, para fazer um Ministro) a que intitulou "Os Mitos da Economia Portuguesa" e em que se esqueceu de incluir um "Mito": o de que existem em Portugal "iniciativa privada" e "sociedade civil".
Já para não falar na opinião dos romanos de que "não se governam, nem se deixam governar", desde D. Afonso Henriques que assim é, passando por D. João II, pelo Marquês de Pombal e por Salazar, mesmo nos mais altos momentos da nossa História, quer no sentido progressivo, quer no retrógrado, tudo tem sido feito à sombra tutelar do Estado que vai funcionando como grande "padrinho" de uma sociedade clientelar de contornos entre uma "Camorra" sonsa e um "Hamas" laicizado. Existe, assim, montada uma tal teia de interesses intercruzados que tem constituído uma espécie de rede de sobrevivência (quase) garantida para os comensais, em todas as categorias de rendimentos e condições sociais. Como que um sistema de "Welfare State" informal baseado no "direito por linhas tortas" e que tem por principais mecanismos o nepotismo, a "cunha" e o compadrio, numa dimensão tão avantajada que se tornou num autêntico cimento social e acaba por, em maior ou menor grau, tocar a todos (toda a gente tem um primo que esteve na tropa com o cunhado de uma vizinha, que tinha uma tia, que por sua vez...).
Claro que nisto estamos muito bem acompanhados e este modus vivendi, bem como o modus operandi que lhe corresponde é igualmente o substrato "cultural" de países como a Grécia, a Espanha e a Itália em que predomina um certo "modo de estar na vida" muito ligado ao "desenrasca", o que quer dizer que primeiro foi preciso estar habituado a "grandecíssimas" e recorrentes "enrascadas".
Por estas e por outras chegámos, cantando e rindo, a uma situação em que o Leviathan se foi agigantando, desde orgãos e organismos que só servem para se servir, até Cursos que não lembram ao diabo, curricula disciplinares inenarráveis, formações que nada formam, "empresas" que nada produzem, negócios que nada acrescentam, como os dos merceeiros-mores do Reino que só promovem, através do estímulo ao consumismo, o endividamento das famílias e do país, pois praticamente tudo o que de vultuoso vendem é importado.
Mas o mais engraçado é que quem hipotecou Portugal aos interesses dos Bancos e das traficâncias de toda a ordem (incluindo com os mesmos "credores" e "parceiros" que agora nos exigem "rigor nas contas públicas"), desmantelando toda a estrutura produtiva autóctone, possa com toda a "lata" vir agora com lérias acerca da "Produção Nacional".
É como se quem fez o mal, pudesse, agora, fazer a caramunha.

domingo, 16 de outubro de 2011

Vossa Excelência (Também) É Um Mentiroso




Senhor Primeiro-ministro: depois de ouvir da parte de Vossa Excelência uma das mais falaciosas "justificações" para o esbulho dos subsídios de Natal e Férias apenas aos Funcionários Públicos e Pensionistas, dizendo que "o Estado não paga os salários dos trabalhadores do sector privado". Então como explicará Vossa Excelência o confisco "universal" do subsídio de Natal do ano corrente por via de um imposto extraordinário?
Pelos vistos o que procede às segundas, quartas e sextas é, no dizer público de Vossa Excelência, improcedente às terças, quintas e sábados (e aos domingos logo se vê). Completamente fartos das patranhas e da manifesta idiossincrasia de contornos sociopáticos do seu predecessor, muitos portugueses, entre os quais milhares e milhares de funcionários públicos, que deram sempre o melhor de si - estudaram, trabalharam, pagaram impostos, muitos fizeram o Serviço Militar e desses, muitos, também, foram combatentes numa guerra que todos sabiam perdida de antemão - mesmo não se identificando ideológica e politicamente com Vossa Excelência, confiaram que a sua governação corresponderia, pelo menos, a uma elevação de carácter e a um sério comprometimento com a verdade. Verificam agora que o esforço e a honra dos seus compromissos não os afastaram em definitivo da presuntiva indigência, expondo-se a ficar, afinal, em situação semelhante aos que nada, antes pelo contrário, fizeram para nela não caírem. Em suma, estamos a chegar ao ponto em que qualquer um, sem que tenha nisso a menor das responsabilidades, se pode, num ápice e malgrado o desempenho próprio, tornar num qualquer.
Nesta hora aziaga em que medidas desta natureza só contribuem para corroer ainda mais a já frágil coesão social do País, colocando-o na zona de previsão de grave conflitualidade interna e não se verificando o alegado défice de explicação que lhe é imputado por alguns dos seus apaniguados e cínicos arautos, pois a população não é estúpida e entende-o muitíssimo bem, o que é também muitíssimo diferente de aceitar como boas as "soluções" que pretende impor por estarem longe do necessário dimensionamento da justiça e da equidade, condições sine qua non de todo o empreendimento colectivo (e até da simples eficácia).
Testemunho, com mágoa, que sendo o adjectivo "mentiroso" definido como "qualificativo daquele que mente", Vossa Excelência também é um mentiroso.

sábado, 15 de outubro de 2011

A Taxa de Bosta



Tendo em conta o estado de emergência nacional decorrente da dificílima situação financeira do País e a necessidade premente de gerar recursos, tendo ainda em atenção algumas imaginativas propostas de criação de novas taxas que vão desde as chamadas telefónicas para o 112, até a uma quantia por litro de bebida alcoólica, já para não falar dos "ajustamentos" nas taxas do IVA e das portagens nas ex-Scuts ou em troços de auto-estrada que não lembram ao diabo. Venho, nesta linha de pensamento e iniciativa, propor que capitalizemos os hábitos nacionais, parte inalienável da nossa cultura e que tão bem exprimem o nosso "modo de estar na vida".
Assim e dada a abundância de dejectos caninos pelas nossas ruas, calçadas e jardins e considerando a altíssima probabilidade, estatística e real, de qualquer cidadão pisar alguma dessa trampa, proponho a "implementação" como agora sói dizer-se, de uma Taxa de Bosta a ser cobrada a todo e qualquer incauto a que tal ocorrência sobrevenha.
A tarifa normal será de 5 euros por pisadela no caso de dejecto canino e 20 euros se for de animal de maior porte. O controle será feito com recurso às novas tecnologias, provado que está que temos "know how" para isso, através da introdução, a expensas dos utentes e a adquirir nas Lojas da Via Verde, de "microshits" nas solas dos sapatos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Escrito nas Estrelas













A declaração de Passos Coelho acerca do OE para 2012 foi emblemática por nela se ter assumido a passagem ao acto de uma agenda antiga. Os próceres do "neoliberalismo" (chamemos-lhe assim à falta de melhor) estavam ansiosos pelos dias, que, como reza o fadinho, "agora já chegaram", em que poderiam anunciar e executar a queima pública do tímido embrião do chamado "Estado Social", que, quer as "conquistas de Abril", quer mesmo antes a "Primavera marcelista" e até Salazar tinham instituído. A "Crise" e a "Troika", mesmo sem podermos ignorar a catastrófica situação financeira do país (e por ela a responsabilidade objectiva de Sócrates, Guterres e Cavaco Silva - o de "curta memória" - entre outros) - e mesmo da "Europa" e do mundo, constituem um óptimo pretexto, qual "Bojador" que se pode "passar além" (sem o fazer para além da dor, antes pelo contrário). Toda esta sanha pela desregulamentação dos direitos, pela instabilização total da vida, pela precarização global, foi sonhada já há muito por aqueles a quem os donos gratificam para que produzam "nacos" de ideologia assassina, autêntico terrorismo social, disfarçada de racionalidade "económica" (na verdade a "economia de casino" é a negação da Economia, nada produz, antes destrói). Estes "banksters" e o coro dos "comentadores de referência" que lhes serve de oráculo e porta-voz, há muito vinham referindo a "esdrúxula" ocorrência dos subsídios de Natal e Férias (e até do próprio Natal e das Férias) como tipicidades folclóricas e rústicas próprias de um país atrasado, campónio e salazarento, resquícios de quando em Portugal se "ganhava pouco".
Ora para além de dispensar lições de anti-fascismo desta clique, que ao tempo nunca vi na Oposição, antes pelo contrário, vi-os sempre a fazer pela "vidinha" enquanto outros eram presos e espancados, lembro que onde esses complementos não existem: ou se ganha o triplo de cá ou há escravatura total, coisa que, com a vaga promessa de prosperidade futura, estão a tratar de instituir para "", como que num PREC às avessas, perante os olhos gulosos de alguns dos representantes dos "parceiros sociais". Vejam-se os do actual presidente da CIP que me faz ter saudades do "pedigree" de Ferraz da Costa e Van Zeller. A nossa sabedoria popular caracteriza bem estas euforias: "Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu" e também a atitude geral do actual poder: "Se queres conhecer o vilão, põe-lhe o pau na mão".
Estava - como disse um conhecido "musicólogo", que até conseguiu descobrir os "concertos para violino de Chopin", agora dado à Provedoria que, como toda a gente sabe, "sem Comedoria é gaita que não assobia" - escrito nas estrelas!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dar de Bandeja



O Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, afirmou hoje no discurso do 5 de Outubro, a estrénue necessidade da "Produção". Ora, ou o Professor Cavaco Silva come muito queijo (nomeadamente "Limiano" ou porventura "La Vache Qui Rit", ele que é tão dado a reconhecer as vaquinhas e o seu "sorriso") ou aposta em que os outros o façam, tal a "lata" (ou deverei dizer "topete") com que placidamente se é capaz de "divorciar" do Professor Aníbal Cavaco Silva, Primeiro-ministro dos governos que desmantelaram o aparelho produtivo nacional (a Indústria, a Marinha Mercante, a Agricultura e as Pescas) em prol de um "país de Turismo e Serviços" - trocado por miúdos - um país em que se engordaram os Bancos, as Seguradoras (o que vai dar ao mesmo), os monopólios (ou quase, ditos "naturais") da Energia, dos Combustíveis e das Telecomunicações, para além dos novos grandes "empresários" não passarem de mega-merceeiros (o que só contribuiu para o endividamento dos particulares e do país através do estímulo ao consumismo e às importações) ou apenas de especuladores (com maiores ou menores preocupações "artísticas").
É por estas e por outras que quando o Professor Cavaco Silva vai a Sines dizer que "é preciso olhar para o mar" me dá uma súbita vontade de lhe perguntar se costuma ficar "almariado" (em algarvio corrente, tenho tradutora "made in Portimão" em casa, = enjoado).
Também gosto muito de queijo, mas agora que já passei dos cinquenta, por causa do mau colesterol, tendo a evitá-lo e mesmo não sendo economista entendo, desde criança, que ao dar-se de bandeja ficar por "sopeira", não será de estranhar ser-se dos primeiros a ir para o olho da rua quando os "patrões" começam a andar nas "lonas".

VIVA A REPÚBLICA !




Mesmo que em ano de capicua (101º) a "sorte" não esteja a ser lá grande coisa:


VIVA PORTUGAL !

VIVA A REPÚBLICA !

sábado, 1 de outubro de 2011

Música







Apesar de não ser assim lá muito de "Dias Mundiais", não resisto:

"Música, Música, a Força que Levanta os Bailarinos..."