segunda-feira, 7 de outubro de 2013

De Maduro a Podre




As recentes declarações do Ministro da Propaganda, o "experto" Poiares Maduro, acerca das pensões de sobrevivência, constituem mais um escabroso exercício de subestimação da inteligência alheia por evidente e primariamente falacioso. Mesmo por absurdo as pensões de 25 000 euros, a existirem (talvez a da avó ou da mãezinha dele), serão uma muito ínfima parte das que irão ser cortadas. Tal só dá conta da miséria moral, da falta de carácter, do cinismo e do "vale-tudo" argumentativo para "justificar" o injustificável. 
E nisso, em falta de vergonha na cara, este governo é coerente, quer interna, quer externamente. Vejam-se  a resposta de Passos no Parlamento acerca da retroactividade dos cortes das pensões: "nenhum pensionista vai ter que devolver seja que importância for"; o caso Machete que vai das "incorrecções factuais" às inconfidências luso-tropicais e o indisfarçado regozijo de Paulo Portas pelo "penta" autárquico do CDS em detrimento das "coligações" em que se terá afundado "só" o PSD (com "amigos" destes...).
Estamos perante uma "lepra", títeres que querem ser bonecreiros de um estado de excepção não declarado em que tudo o que era suposto ser sólido se dissolve no ar, em que a  mais despudorada das petas substitui a confiança institucional e a máscara de uma pretensa "equidade", apenas na desgraça, espalha a cizânia e o ressentimento mercê das mais velhas, relhas e desacreditadas técnicas de "comunicação política" do mundo, o famigerado "dividir para reinar" reiterando o aforismo do sinistro Goebbels acerca da ascensão da mentira, muitas vezes repetida,  à categoria de "verdade" funcional, sem esquecer o salazarento (mas a milhas do original) "em política o que parece é". Estes rapazolas, que passam a vida a encher a boca de "inovação", afinal não inovaram coisa alguma, o livro que andam a ler foi escrito por outros e arrisca-se a, para utilizar a sua própria cretino-terminologia, não ter qualquer tipo de "aderência" à realidade. 
Claro que no conjunto das medidas "justicialistas" também se incluem alguns anunciados beliscões nos verdadeiros interesses corporativos, como aquele do impostos sobre as rendas da energia.
Vai uma apostazinha que ou serão os clientes a pagá-la ou se arranjará uma isençãozita para os chineses da "Garganta Funda", accionistas da EDP.

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