Não , infelizmente, esta crise não vai implicar, por mais grave que se venha a revelar, o fim do capitalismo, tal como o capitalismo globalizado não acarretou, antes pelo contrário, o "Fim da História".
Até poderá acontecer uma radicalização da sua lógica rapace ou, pelo menos, das suas consequências catastróficas para o cidadão comum que em nada, e ao contrário do que alardeiam certos banqueiros ( vide João Salgueiro p/ exemplo) contribuiu para ela e não se locupletou com chorudos réditos na exacta proporção em que por mor das suas manobras financeiras, abriam a porta da ruína a milhões e milhões.
E não é ainda o fim do capitalismo mas o eclodir de mais uma das suas crises sistémicas, porque o "caldo de cultura" necessário para o seu fim, foi ardilosamente destruído pela coincidência histórica entre o apregoado "fim das ideologias", leia-se de todas menos do capitalismo monetarista na versão "neo-liberal" ou "neocon"( aqui como em inúmeras outras coisas da mesma estirpe, a ordem dos factores é arbitrária) e da semeadura de ilusões, desde o "capitalismo popular" à "sociedade de mercado" com os "tubarões" a engolirem o "peixe-miúdo" que mordeu o isco, ou que o é obrigado a morder, mais que não seja por falta de alternativas reais; com a implosão do Bloco de Leste, prenunciada pela queda do Muro de Berlim, efusivamente saudada por multidões na altura, o que é compreensível, mas que duas décadas depois parece ter libertado uma parte da humanidade de uma tirania política, para entregar o mundo global a uma tirania financeira e a um totalitarismo mediático vendedor de autêntica "banha da cobra" em versão "high tech".
Esta urdidura está a revelar a sua verdadeira face e o mais engraçado, em função da indesmentibilidade dos factos, é a "lata" que muitos dos mais fiéis apóstolos dessa "nova religião" própria do "espírito de um mundo sem espírito" exibem agora, apontando para a antes aplaudida desregulação e para "falhas de supervisão" por parte de autoridades e "casas" até ontem mais do que "sábias e credíveis"; então não são eles os que incensam o supremo dogma de que o "mercado" se regula a si mesmo, ou seja que o dinheiro é a panaceia universal mesmo que não tenha equivalente na , será que os estou a ouvir bem..., "economia real"?!
Outros há que vão passando por cima como "gato sobre brasas" e "chutando para canto", fazem como o macaco: Deitam-se e fingem adormecer calmamente a um canto "à espera que a crise passe" !
Post Scriptum ;
Por cá desta vez se a coisa "apertar" vai ser "forte e feio" e diferentemente da crise de 29, irá afectar, aliás já o está a fazer, "toda a gente "; pois nesse tempo a miséria era tão generalizada que o grosso da população pouco notava mais ou menos fome e o país sendo ultra-periférico sofreu um embate inegavelmente forte que, tendo sido sentido por muitos, não o foi por tantos como os que estão hoje directamente ligados à economia bancária e ao que ela significa, um misto de "casino" e "roleta russa"!
Até poderá acontecer uma radicalização da sua lógica rapace ou, pelo menos, das suas consequências catastróficas para o cidadão comum que em nada, e ao contrário do que alardeiam certos banqueiros ( vide João Salgueiro p/ exemplo) contribuiu para ela e não se locupletou com chorudos réditos na exacta proporção em que por mor das suas manobras financeiras, abriam a porta da ruína a milhões e milhões.
E não é ainda o fim do capitalismo mas o eclodir de mais uma das suas crises sistémicas, porque o "caldo de cultura" necessário para o seu fim, foi ardilosamente destruído pela coincidência histórica entre o apregoado "fim das ideologias", leia-se de todas menos do capitalismo monetarista na versão "neo-liberal" ou "neocon"( aqui como em inúmeras outras coisas da mesma estirpe, a ordem dos factores é arbitrária) e da semeadura de ilusões, desde o "capitalismo popular" à "sociedade de mercado" com os "tubarões" a engolirem o "peixe-miúdo" que mordeu o isco, ou que o é obrigado a morder, mais que não seja por falta de alternativas reais; com a implosão do Bloco de Leste, prenunciada pela queda do Muro de Berlim, efusivamente saudada por multidões na altura, o que é compreensível, mas que duas décadas depois parece ter libertado uma parte da humanidade de uma tirania política, para entregar o mundo global a uma tirania financeira e a um totalitarismo mediático vendedor de autêntica "banha da cobra" em versão "high tech".
Esta urdidura está a revelar a sua verdadeira face e o mais engraçado, em função da indesmentibilidade dos factos, é a "lata" que muitos dos mais fiéis apóstolos dessa "nova religião" própria do "espírito de um mundo sem espírito" exibem agora, apontando para a antes aplaudida desregulação e para "falhas de supervisão" por parte de autoridades e "casas" até ontem mais do que "sábias e credíveis"; então não são eles os que incensam o supremo dogma de que o "mercado" se regula a si mesmo, ou seja que o dinheiro é a panaceia universal mesmo que não tenha equivalente na , será que os estou a ouvir bem..., "economia real"?!
Outros há que vão passando por cima como "gato sobre brasas" e "chutando para canto", fazem como o macaco: Deitam-se e fingem adormecer calmamente a um canto "à espera que a crise passe" !
Post Scriptum ;
Por cá desta vez se a coisa "apertar" vai ser "forte e feio" e diferentemente da crise de 29, irá afectar, aliás já o está a fazer, "toda a gente "; pois nesse tempo a miséria era tão generalizada que o grosso da população pouco notava mais ou menos fome e o país sendo ultra-periférico sofreu um embate inegavelmente forte que, tendo sido sentido por muitos, não o foi por tantos como os que estão hoje directamente ligados à economia bancária e ao que ela significa, um misto de "casino" e "roleta russa"!