domingo, 4 de março de 2012

Morrer de Frio num Clima Ameno



O "clima ameno" e os "brandos costumes" têm sido dois motes da mitologia salazarista que se nos colaram bem à pele. O aparelho ideológico do Estado Novo e dos seus antecessores teóricos não era desprovido de conhecimentos da lusa Psicologia Social (para o comprovar basta ler "Como se Reergue um Estado" do próprio Oliveira Salazar e ver-se-á que não se "brincava em serviço").
Essas balelas, mais a da "demografia" e a da "educação", têm servido às mil maravilhas para justificar o domínio que uma bandidagem gananciosa vem exercendo desde "sempre" sobre esta sociedade (e chego a partilhar, ainda que por motivos opostos, a dúvida de Mrs. Thatcher: "Is there such a thing?") atávica, onde se "desabafa" muito, mas se exige muito pouco e de que resulta, em dados oficiais de Bruxelas, que Portugal é o país da Europa Ocidental onde mais se morre (pasme-se) de frio. Onde isso menos acontece é na Dinamarca, na Suécia e na Noruega (por sinal, todos países "tropicais").

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