quinta-feira, 19 de abril de 2012
Poemeto Contestatário do Trato Acordatário
Poemeto Contestatário do Trato* Acordatário
(Redigido segundo as bases do neocabulário, digo vocabulário)
Outrora contacto, desta feita com afeto
É preciso muito tato para se ir direto
Ao reto caminho da correção fonética
Dando luz ao dialeto
Na perfeição do alfabeto
Em boa hora revisto e aumentado,
Já que aumenta tudo, exceto o ordenado
Expurgadas as consoantes mudas
E outras tralhas obsoletas desta nossa velha língua
Agora posta à míngua
Dos acentos heroicos nos peixes dipnoicos
(Veem como é fácil
Ainda que seja tudo menos grácil)
Para nos deixarmos de tretas
Projetas, injetas, mas nada de posições insurretas
Que a coisa aqui está preta
Isto não nos seduz
Estávamos mesmo a anos-luz
Decorados com amores-perfeitos
Neste tempo de humores rarefeitos
Ultrassensível de disposição
Solene de irritação
Soturno de condição
Mesmo a pedir confusão
No sábado em abril vou ao Norte
Ainda que me aborreça de morte
Sim senhor doutor
Para sair do torpor
É sempre preciso inovar
Para quê? Estou-me a borrifar!
No fim de semana intervalas
Nas férias intercalas
Mas à segunda calas
O cor de laranja danado
Do cor-de-rosa herdado
Nunca te esqueças
Mesmo que muito te entristeças
Que no Egito moram os egípcios
Exceto os que emigraram.
E para rematar
Já nos estão a hifenizar
António José Carvalho Ferreira
(Abril de 2012)
*Quem costuma fazer “Tratos” são os “tratantes”.
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2 comentários:
Aplausos, muitos.
Um abraço para vós.
Obrigado São.
Beijinhos.
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