A Federação de Sindicatos Médicos veio hoje, através do seu porta-voz, Mário Jorge Neves, denunciar como mera propanganda, a muito alardeada medida de instalação de dispositivos electrónicos nos Hospitais e Centros de Saúde para controlar a assiduidade e a pontualidade de médicos, enfermeiros e técnicos.
O que realmente aconteceu foi que nem metade dos organismos públicos do sector chegaram a ser equipados com tais mecanismos, revelando em concreto qual o verdadeiro alcance do anúncio da sua introdução, mais um episódio do já extenso folhetim da "guerra às corporações" do "corajoso" e "determinado" Governo/Sócrates.
Na verdade, trata-se de pôr em prática a mais reles das demagogias, do extenso roll dos recursos da muito baixa política. Trata-se de apregoar políticas à finlandesa e executá-las à portuguesa, isto é, tudo para inglês ver.
Na escassez de "pão" é preciso "circo", de preferência onde se dê à populaça, sempre sedenta do sangue dos outros, a ilusão de atirar às feras os "privilegiados".
Que o digam os professores, esses outros malandros, obrigados a ficar horas a fio sem fazerem nada, encerrados nas Escolas que não têm espaço, nem estão equipadas, até porque nem sequer para isso foram concebidas, para depois terem que fazer em casa no seu tempo privado aquilo que na Escola é impossível ser feito, isto é praticamente tudo, excepto dar aulas e mesmo assim, muitas vezes "sabe Deus" em que condições, basta ver os Telejornais em que se mostram as consequências dos nevões deste Inverno ( é que a "amenidade do clima "e a "brandura dos costumes" têm dado para tudo).
Mas os médicos assim que foi anunciada em 2006 a introdução do ponto electrónico, vieram logo demonstrar como, nos poucos locais em que ele foi realmente introduzido, se "dá a volta" à situação.
É simples, cada profissional faz ou manda fazer, um "dedo" de silicone em que grava as suas impressões digitais e dá-o a um colega que o passe na máquina.
Como é bom de ver, para "esperto, esperto e meio"!!!
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