O bom senso político, mesmo a nível meramente táctico, não é evidentemente a coisa melhor distribuída do mundo.
Não sei o que terá passado pela cabeça das luminárias estrategas do PS/Sócrates para irem buscar para cabeça de lista uma (triste) figura como Vital Moreira com a tonta alegação que captava votos "à esquerda", na verdade, era bom de ver (e eu disse-o neste blog), nem à esquerda, nem à direita.
Não capta à esquerda, porque a esquerda não costuma valorizar troca-tintas, ainda por cima assanhados profissionais que mudam de "dono" com facilidade e põem, com o proselitismo típico dos recém-convertidos, todo o fel do seu estilo "comuna-rasca", ao serviço das suas próprias "Novas Oportunidades" a quem devotam mais manteiga que o Marlon Brando no "Último Tango", e não capta à direita, porque a "direita" não confia neles dado o seu passado "duvidoso" e um certo "jacobinismo de sacristia laica" bem visível nos artigos no Público e no "Causa Nostra".
Quem teve essa ideia e "vendeu" este "trunfo" ao aparelho do PS, devia ser galardoado com a "Medalha de Cortiça" ou mesmo com um "Óscar Alhinho", pois até o Professsor Freitas, não fossem as "dores nas costas", arrancaria um resultado melhor.
Não sei o que terá passado pela cabeça das luminárias estrategas do PS/Sócrates para irem buscar para cabeça de lista uma (triste) figura como Vital Moreira com a tonta alegação que captava votos "à esquerda", na verdade, era bom de ver (e eu disse-o neste blog), nem à esquerda, nem à direita.
Não capta à esquerda, porque a esquerda não costuma valorizar troca-tintas, ainda por cima assanhados profissionais que mudam de "dono" com facilidade e põem, com o proselitismo típico dos recém-convertidos, todo o fel do seu estilo "comuna-rasca", ao serviço das suas próprias "Novas Oportunidades" a quem devotam mais manteiga que o Marlon Brando no "Último Tango", e não capta à direita, porque a "direita" não confia neles dado o seu passado "duvidoso" e um certo "jacobinismo de sacristia laica" bem visível nos artigos no Público e no "Causa Nostra".
Quem teve essa ideia e "vendeu" este "trunfo" ao aparelho do PS, devia ser galardoado com a "Medalha de Cortiça" ou mesmo com um "Óscar Alhinho", pois até o Professsor Freitas, não fossem as "dores nas costas", arrancaria um resultado melhor.
Mas era preciso "virar à esquerda" e virou-se, é só ver os resultados do Bloco e da CDU e poder-se-á clamar:
"Parabéns! Missão Cumprida!"
"Parabéns! Missão Cumprida!"
Como quem semeia ventos acaba por colher tempestades, até as sondagens "marteladas" que davam invariavelmente a vitória ao PS e decretavam a extinção do CDS, acabaram por "ajudar à festa". Sim senhor, melhor era impossível. Na mouche!
Saiu tudo mal, o "efeito Marinha Grande" procurado com a exposição deliberada a "agressões" na Manif. da CGTP do 1º de Maio, as "divergências" combinadas com Sócrates a propósito de Durão Barroso e Lopes da Mota, o "emporcalhamento" da campanha, tentando colar o PSD à roubalheira do BPN, "casca de banana" em que o PSD se recusou a "escorregar", como também se escusou a fazer "jogo sujo" com o caso Freeport, por exemplo, mostrando elevação e sabedoria estratégica na exacta proporção em que estas faltaram ao PS que, aliás, rematou a noite do desastre eleitoral com mais uns requintes de mau-perder e da acrimónia bacoca que o tem caracterizado, ao não felicitar pessoalmente o vencedor do dia, Paulo Rangel, que não deixou de apontar publicamente essa malcriada omissão e quebra de protocolo, (que esta "rapaziada" da "esquerda moderna" desconhece, assim como desconhece qualquer noção elementar de cortesia, deve ser por isso que andam tão preocupados com a "Educação").
Saiu tudo mal, o "efeito Marinha Grande" procurado com a exposição deliberada a "agressões" na Manif. da CGTP do 1º de Maio, as "divergências" combinadas com Sócrates a propósito de Durão Barroso e Lopes da Mota, o "emporcalhamento" da campanha, tentando colar o PSD à roubalheira do BPN, "casca de banana" em que o PSD se recusou a "escorregar", como também se escusou a fazer "jogo sujo" com o caso Freeport, por exemplo, mostrando elevação e sabedoria estratégica na exacta proporção em que estas faltaram ao PS que, aliás, rematou a noite do desastre eleitoral com mais uns requintes de mau-perder e da acrimónia bacoca que o tem caracterizado, ao não felicitar pessoalmente o vencedor do dia, Paulo Rangel, que não deixou de apontar publicamente essa malcriada omissão e quebra de protocolo, (que esta "rapaziada" da "esquerda moderna" desconhece, assim como desconhece qualquer noção elementar de cortesia, deve ser por isso que andam tão preocupados com a "Educação").
Cometeram até a proeza de ressuscitar o PSD que ao vencer as eleições com uma campanha inteligente e séria, personificada no seu excelente cabeça de lista, Paulo Rangel, um osso duro de roer para aldrabões, criou espaço para a afirmação interna e nacional da drª. Ferreira Leite.
Melhor não podiam ter feito e se antes era a maioria absoluta que estava em causa, agora é a própria vitória eleitoral nas Legislativas. Isto porque o eleitorado já percebeu a marosca e, um pouco por toda a Europa, penalizou fortemente os "socialistas sapateiros" que pegam nos votos do povo de esquerda e fazem políticas de direita, enfrentando as corporazõezinhas para não enfrentarem as verdadeiras corporações do capital e de Banca vigarista, (é por isso que o dr. Constâncio, antigo Secretário-geral do PS, está metido numa grande embrulhada, mas nós os que pagamos impostos e pior ainda, os mais de 150 mil que perderam o emprego e os mais de 200 mil que nem subsídio recebem, ainda estamos mais); mas já vimos a "coisa" como ela é :
Se é para fazer políticas de direita, então que venha, sem disfarces, a própria Direita!!!
4 comentários:
Ontem aquando do discurso de Sócrates/Vital no Altis reparei num grupo de Jotinhas que gritava efusivamente PS, PS com o braço esticado, mas..... com os 2 dedos em sinal de V, ai eu fiquei elucidado já mandaram o símbolo ás urtigas, trocaram por uma rosa, agora também trocaram o punho cerrado por um V, também trocaram as politicas socialistas pelas neoliberais então porque teimam em chamar-se Partido Socialista?
Sempre que o “centrão” tem um revés, surgem os comentadores do costume com certos lugares comuns tão banais, quanto falsos, com a intenção de desvalorizar os resultados. O primeiro e mais verdadeiro é o do voto de protesto, mas dito de tal forma que parece desqualificar o sentido do protesto. Isso torna-se mais evidente no segundo lugar comum, quando se tenta, disfarçadamente, insultar os traidores ao “centrão” como inconscientes, pessoas pouco informadas que não vêem em quem estão a votar, esquecendo que a grande massa de pessoas que vota por votar, seguindo a maré, vota exactamente no “centrão”. Os grandes partidos do sistema reúnem, pela sua própria dimensão, a massa de votantes menos informada e politizada. Desde que votem no PS e no PSD, já, para os nossos comentadores, são conscientes, caso contrário, são irresponsáveis. Percebe-se o argumento, é análogo aos argumentos do “Dia seguinte” e outros programas de futebol.
Em terceiro lugar, reduzem o afastamento do eleitorado dos seus partidos a um problema de comunicação. Lembro-me bem do mesmo argumento no final do cavaquismo. Basicamente, consideram impossível que as propostas ou do “centrão”, ou de um dos lados do centro, sejam más ou recusadas pela população. A única possibilidade é que os estúpidos dos eleitores não tenham compreendido a mensagem e a única culpa dos políticos é a de não terem sabido fazer passar a mensagem. Por um lado, este é um argumento análogo ao anterior. Os eleitores só são estúpidos quando não votam na mensagem deles. Caso contrário, os eleitores têm toda a razão. Mas, por outro, assume-se aqui uma atitude paternalista em que o que cabe ao político do “centrão”, como ser iluminado, é a tarefa de educar os pobres de espírito para a verdade. Finalmente, percebe-se a forma como estes políticos/comentadores/jornalistas concebem a relação com o povo. Basicamente, entendem-na como pura e simples manipulação. Nunca admitem a possibilidade desse povo decidir, através do voto, a política a seguir. Não é isso que está em causa. O que está em causa é, sempre e tão-só, a habilidade na condução do povo (que é o significado literal da palavra demagogia).
Em quarto lugar, justificam qualquer deslocação do voto para os extremos com a abstenção. Por este último lugar comum ser o mais falso que se possa pensar em certos casos, não impede que seja o mais incessantemente proferido. Foi constante nos comentários a estas eleições para explicar a subida do Bloco nas Europeias, associando esta subida à da CDU e do CDS, nunca jamais havendo um daqueles especialistas em sondagens e eleições que os desmentisse. Todas as recentes eleições Europeias, desde a criação do Bloco, antecederam, por pouco tempo, eleições legislativas. Os resultados deviam falar por si, se estivéssemos a falar de jornalistas a que importassem os factos, mas não estamos. Em 99, o BE teve 1,79% nas europeias; pouco depois, teve 2,44% nas legislativas. Em 2004, o BE teve 4,91% nas europeias; em 2005, teve 6,35% nas legislativas. Em 2009, o BE teve 10,74% nas europeias; que conclusão tiram os políticos/jornalistas/comentadores/especialistas em sondagens? Que terá sido beneficiado pela abstenção, tal como a CDU, e que terá pior resultado nas legislativas. Será que estes espíritos iluminados ainda não perceberam que o eleitorado do BE tem características mais semelhantes com o do PS (pelo menos, com o da sua ala esquerda) do que com o da CDU? E que, como tal, também foi prejudicado pela abstenção?
Já agora, como termo de comparação, a CDU teve, nas europeias de 99, 10,32% e, nas legislativas, 8,99%; em 2004, 9,09% e, nas legislativas de 2005, 7,54%. Ainda não viram a diferença?
Mesmo o CDS não parece ser necessariamente beneficiado com a abstenção. Em 99, melhorou nas legislativas (8,16% para 8,34%) e, em 2005, muito embora a anterior coligação não permita uma resposta clara, também não parece ter descido.
Oh Tó Zé
O teu blog está com 8 horas a menos. Deves ter escolhido o fuso horário errado. Um abraço.
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