domingo, 1 de janeiro de 2012

Sem Moralizar



Saqueiem mas, por favor, não moralizem.
Entramos no ano da (des)graça de 2012 perante um coro, já insuportável, de "moralistas" que nos querem fazer crer que estamos a pagar o justo preço da expiação de uma qualquer "culpa", que terá sido termos "vivido acima das nossas possibilidades" durante os últimos 40 ou 50 anos. Mas quem jubilosamente vai bolsando tais atoardas, sempre viveu acima das nossas possibilidades e nunca soube o "que a vida custa", como disse, há pouco, um político que ainda disso se lembra.
É absolutamente escabroso termos que aturar gajos destes, "moralistas" sem moral, mercenários ideológicos da treta, políticos que nunca trabalharam e cujo curriculum deixa muito a desejar de todo e qualquer ponto de vista.
Como pode esta canalha exigir o que nunca fez, ou sequer alegá-lo?
Assim vai o capitalismo da roleta russa, recuperando afanosamente do "contratempo" que foram os 70 anos de União Soviética, muito melhor para os povos do Ocidente do que para os próprios, dando à fornalha de Baal as conquistas de uma humanidade não tão recente como isso, através da "armadilha" da globalização (só, claro, para o que interessa).
Os "mercados", os bancos, as agências de rating, os governos vendidos, os media "encostados" (não sei se já repararam, mas a Líbia e a Grécia eclipsaram-se) e o tittytainment, encarregam-se de fazer perdurar uma desordem que só poderá dar mau resultado e terminar em hecatombe. Este "redesenhar" da sociedade pela destruição dos seus traços benignos vai mesmo dar raia, ainda que estranhamente falte um "cimento" teórico crítico que sobrou durante as décadas em que menos fazia falta.
Nada que, entretanto, não possa resolver-se.

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