O Professor Marcelo Rebelo de Sousa deu ontem na sua charla televisiva semanal da TVI, uma "tenda" monumental ao imputar ao governo Sócrates II o confisco de metade do subsídio de Natal de 2011 a todos os trabalhadores (dos sectores público e privado). Judite de Sousa viu-se na "dolorosa" obrigação de ter de lhe "avivar a memória", algo que ele notoriamente teve dificuldade em "engolir".
Se era para "morder as canelas" ao "engenheiro" e ao PS, podia ter-se lembrado dos cortes salariais à Função Pública que, embora marginalmente, também o afectaram (ele está sempre a encher a boca com o facto de, também, ser Funcionário Público, os outros é que não são, em regra, jurisconsultos e comentadores bem pagos). Mas parece que desse "ligeiro pormenor" já ninguém se "lembra", uns porque têm o esqueleto no armário e não querem que o povão recorde quem abriu a porta, os outros porque tendo-a encontrado aberta, estão a completar o saque.
Se era para "morder as canelas" ao "engenheiro" e ao PS, podia ter-se lembrado dos cortes salariais à Função Pública que, embora marginalmente, também o afectaram (ele está sempre a encher a boca com o facto de, também, ser Funcionário Público, os outros é que não são, em regra, jurisconsultos e comentadores bem pagos). Mas parece que desse "ligeiro pormenor" já ninguém se "lembra", uns porque têm o esqueleto no armário e não querem que o povão recorde quem abriu a porta, os outros porque tendo-a encontrado aberta, estão a completar o saque.
Há no entanto um "mistério" cuja natureza me escapa. É normal que assim seja, se o não fosse não seria um "mistério" que é, por essência, sobrenatural. Por que bulas, ou espécie de "pudor", essa "amnésia" se estende à esquerda mais à esquerda e nem o PC, nem os "Verdes", nem o Bloco, nem muito insistentemente os sindicatos (incluindo os da Função Pública), tocam no assunto?!
É que perante tal mutismo, parece que "no ha pasado nada hombre"...
2 comentários:
Concordo Tó Zé, e acho ainda mais estranho que se contrate e pague principescamente a comentadores políticos, quando todos sabem que eles estão claramente comprometidos com o poder, tanto no passado quanto no presente, através, nomeadamente, de interesses comuns com certos políticos no governo ou que preparam actualmente o caminho para de novo lá subirem... afinal, ninguém tem memória tão curta que não tenha bem presente a alternância no poder de dois dos partidos políticos mais fortes do país... Só Portugal mantém, entre outras singularidades que não ficam muito bem em nenhuma fotografia, esta estranheza de colocar políticos conhecidos de determinados partidos a fazer comentário político, supostamente isento, nos canais de televisão e nalguns jornais e revistas da especialidade. Uma vez que todos tomamos como suficientemente lícita, e levamos a sério esta situação, tomando e dando importância aos comentários e opiniões demonstrados nestas condições de falta de isenção, parece que o erro não é do Marcelo mas, quiçá, nosso.
Concordo plenamente, nós por cá temos algumas "originalidades" de marca e uma delas é essa. O "comentário" político (e até a sua mimetização futebolística, não se ficando a saber quem imita quem) está entregue ao "centrão" dos interesses (sendo que estes o transcendem largamente). É o fadário da chamada democracia representativa - como não há moralidade, acabam por comer todos. Uns mais do que os outros, claro (assim uma espécie de "método de Hondt" aplicado ao tacho).
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