quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O Tiro No Pé - Uma Especialidade Socialista


Em linguagem futebolística costuma dizer-se que "em equipa que ganha não se mexe", mas o Partido Socialista parece, e de forma reiterada, mais apostado em marcar autogolos. Assim se podem explicar certas barafundas para a designação de candidatos a câmaras municipais em que a ambição espúria de uns quantos arrisca a fazer deitar fora o menino com a água do banho. Parece ser o caso em Matosinhos e em Alcácer do Sal, com mais umas quantas confusões pelo meio, Presidentes de Câmara eleitos e reeleitos, sem pendências de "confiança política", estão a ver as suas candidaturas preteridas por outras, "cozinhadas" pelas tais concelhias dos ditos "sindicatos de voto", que se constituem como autênticos "saltos no escuro" eleitorais, trocando o "certo" da mais do que presumível vitória por riscos absolutamente desnecessários de, e passe a expressão, "entregar o ouro ao bandido" e que, ainda por cima, se irão correr por meras questões de "protagonismo" (demais a mais podendo os que se sentem injustiçados concorrer como independentes, dividindo os votos do mesmo campo). O que levará esta gente a tais asneiras? Não me venham com os velhos e relhos argumentos da "democracia" e da "pluralidade" interna. Afinal se o eleitorado elegeu e reelegeu esses autarcas, o que estará assim tão mal? Onde estará a desconformidade? Um Partido democrático e plural não tem que ser uma balbúrdia ou um saco de lacraus e o vale tudo não pode ser alternativa contra o que o bom senso aconselharia - a manutenção de candidaturas ganhadoras.
Neste cenário acrescem ainda as cautelas, que como os caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém, que a direcção do Partido terá de tomar para que a "retumbante vitória" a que, pelos vistos, está "obrigada" pela voz nada inocente de um coro cada vez mais frenético de opinion makers, nas Autárquicas aconteça mesmo. Se tal não ocorrer, pode bem ser o fim da liderança de Seguro. Parece-me que para sua própria salvaguarda e como não foi nem da sua boca, nem da de qualquer outro elemento com quem compartilha responsabilidades, que vieram tais prognósticos (nestas coisas só certeiros depois do jogo) deveria refrear os ânimos e pôr, de forma inequívoca, um pouco de água nessa fervura.  Até para evitar pretextos conducentes a que, com Costa ou sem Costa, se intente então o que ora falhou.

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