quinta-feira, 7 de abril de 2011

Que lata - valham-nos todos os Santos (menos o Teixeira dos ditos)



Como continua a ser possível que uma figura (um "figurão") como o "engenheiro" Pinto de Sousa (aka José Sócrates) se atreva a candidatar-se a Primeiro-ministro após a declaração de ontem - fazer o tal "pedido de ajuda externa" quando tinha reiteradamente afirmado até à véspera, que nunca o iria fazer. É, sem dúvida, um case study talvez para uma futura cadeira universitária de Psiquiatria Política, que a sua palavra, como se dizia do Boletim "Mentirológico", se tenha tornado um sinalizador habitual do contrário e daí para baixo.
Disse que não ia aumentar impostos, foi a primeira coisa que fez, prometeu 150 mil empregos, perderam-se cerca de meio milhão, disse que não tocaria nas deduções fiscais da "classe média" (lembram-se do debate com Louçã), aí foram elas pelo cano abaixo, disse não ser necessário cortar salários e foi o que se viu e agora, com a "ajuda externa", vai tudo a eito conquanto se mantenham subsidiados os falsos pobres e intocados os interesses dos verdadeiros ricos. Aliás, foi por ordem dos banqueiros que lhe passou a "obstinação" tendo franzido o cenho e mandado afinar o teleponto para mais uma encenação da gravitas que naturalmente lhe falta. Passou, como gato sobre brasas, da invocação do "interesse geral" à do "intesse nacional".
Há putativas qualidades de carácter, como a tenacidade, que se não estiverem ao serviço de bons fins são tudo menos virtudes. Um mentiroso que o faça muito e bem é mais prejudicial do que um que o faça mal e um bom assassino não é, seguramente, um assassino bom.

2 comentários:

a Arrábida aqui tão perto disse...

Tens toda a razão Tózé, só se preocupa com a imagem dele (gafe na SIC/oh Luís "assim fico belo") e borrifa-se para o país. Considero-o psicótico, minutos antes de nos dar uma terrrível notícia, só olha para o umbigo, é de lhe dar um tiro, como é que lhe deram cobertura durante tanto tempo, não entendo?
Todos as gafes que a comunicação social apanha são de carácter racista(chamou gentalha aos jornalistas brasileiros) ou de uma lamentável ironia.
Merecia ser julgado num tribunal isento, pelos crimes que cometeu contra o Estado.
Bom artigo Tózé, bom fim-de-semana.

imank disse...

Tenho um amigo que avisa dele próprio quando alguém lhe pede segredo: "Depois dos primeiros cinco mil, juro que não conto a mais ninguém". Com o Sócrates a verdade é sempre o que ele diz mas do avesso. É, de facto, patológico.
Obrigado.
Bom fim-de-semana.