Na clássica estratégia comunista saída do Komintern o "frentismo" implicava que se atrelassem à carruagem personalidades "democráticas" que não sendo membros da estrutura partidária servissem os interesses estratégicos das organizações de "vanguarda".
Era o tempo dos célebres compagnons de route, geralmente intelectuais (escritores, cientistas) ou artistas (pintores, escultores ou músicos) cuja aura de credibilidade passava por "osmose" para as causas que apoiavam.
É por causa disso que ainda hoje ( e também por causa das mentiritas, por cá conhecidas por "cubas-livres", dos charutos e sobretudo das chicas) e ainda da notoriedade e dos pequenos privilégios associados a uma espécie de star system de gauche e por cá já demodé, que muita da nossa "gente de cultura" se sente tão bem em Cuba, por exemplo.
Mas esta moda dos compagnons de route não é apanágio apenas da esquerda "jurássica", agora também os interesses mais ou menos nebulosos ligados á chamada "Economia de Casino", tem os seus compagnons de route cuja função é similar à dos outros: conferir credibilidade a negócios duvidosos, como os Bancos "D. Branca" que agora estamos (estão os do costume, quem paga impostos) a pagar .
As contrapartidas por este empréstimo de personalidade: sinecuras e avenças, mordomias e honorários que dão sempre muito jeitinho, ainda por cima para remunerar principescamente cargos não-executivos, quase sempre, Presidentes de Assembleias Gerais ou membros de Conselhos Consultivos.
Enfim, ao contrário do que diz a letra de uma velha canção de Sérgio Godinho:
"Muito pouco esforço para tanto dinheiro"!!!
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