"Para a mentira ser segura
E atingir profundidade
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade"
António Aleixo
Um dos maiores pecados da política rasteira deste Governo (e do anterior com o mesmo "chefe", a que nem a perda da maioria absoluta serviu de emenda, aliás, este tipo de gente nunca aprende), é a insistência na utilização de um "argumentário" (tão ao gosto de um certo PS - "simplex"), em que se fazem confundir deliberadamente, diga-se de passagem, factos e razões. Assim está a ser no folhetim das Scuts, quando o Secretário de Estado Paulo Campos (sempre os "ajudantes" para o "trabalho sujo") utilizando uma falácia justicialista, argumenta que o pagamento de portagens nas Scuts, que terão que mudar de nome, pois o acrónimo significa "sem custos para o utilizador", é uma questão de "justiça", "equidade" e "solidariedade nacional". Ora, como tão nobres motivos invocados podem significar razões bem mais terra-a-terra? O que ele deveria dizer é que, ao contrário do que foi prometido por Sócrates em duas campanhas eleitorais, 2005 e recentemente em 2009, o enorme "buraco financeiro" da "Estradas de Portugal E.P." precisa de financiamento urgente e não havendo mais solução alguma, toca de espremer o passante.
Esta é mais uma lamentável manifestação de um "maquiavelismo de trazer por casa" em que se invocam argumentos enviesados para justificar necessidades prementes e se semeia a discórdia, tentando virar os cidadãos uns contra os outros, através do velho truque de fazer crer a cada um que está no grupo dos "uns" e por isso, que se "lixem" os "outros
Não seria mais honesto e até eficaz, pura e simplesmente, dizer a verdade e já agora, antes das eleições?
Um comentário:
Seria, mas não era a mesma coisa. Parece que a malta, les uns et les autres, gosta da coisa mesmo assim. Com truques e bolos se enganam os tolos ... dizia a minha avózinha. Pão e circo, diriam outros
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