quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Porque Detesto Aldrabões
Detesto aldrabões por tudo - pelos danos que causam a quem neles confiou, pela falta de carácter, pelo oportunismo, pela tergiversação constante, pela "esperteza saloia" e por mais uma mão-cheia de abominações. Não posso, pois, deixar de assinalar como extremamente falaz a "resposta" do senhor Primeiro-ministro ao Dr. Mário Soares, a propósito da publicação de um "Manifesto", imputando-lhe a tomada de "medidas de austeridade extremamente duras" aquando das duas outras vindas do FMI a Portugal (1977 e 1983).
Talvez por ser ainda muito novo nessa época, pese embora andasse já entretido com a "laranjota", não se lembre muito bem mas a medida de austeridade mais dura que o Dr. Mário Soares, enquanto Primeiro-ministro, tomou foi o corte de 33% do subsidio de Natal a todos os que o receberam em 1983, que ainda assim foi pago em Títulos do Tesouro reembolsáveis a um ano, o que não teve nada que ver com o actual esbulho discriminatório.
A argumentos destes não se pode imputar apenas "desonestidade intelectual", trata-se de desonestidade tout court. Disso a que se chama má fé.
O senhor Primeiro-ministro que diz ter lido "O Ser e o Nada", devia sabê-lo. Mas se quer a minha opinião, acho que também essa foi outra aldrabice.
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