domingo, 13 de novembro de 2011

Golpes de Estado




Causaram algum "sururu" as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho acerca da legitimidade de um "Golpe de Estado" na actual conjuntura. Ora o personagem é deveras idiossincrático ("Otelo, ó talo, ó tolo, Saraiva de Carvalho, dá a mão ao Vasco "Louco" e vão os dois p'ró ......."). Desta vez o homem terá alguma razão - é inegável que estamos perante um Golpe de Estado institucional em que um Governo eleito na base de mentiras (tal como o anterior - não fazem o que dizem, nem dizem o que fazem) está a pôr em prática a subversão total da ordem constitucional e da simples ordem jurídica (hoje "letra morta"), usando o "estado de necessidade" e a "troika" como álibis quase perfeitos para uma enorme regressão civilizacional promovida pela ditadura do capital financeiro que, entretanto, se dá ao luxo de "despedir" sumariamente líderes eleitos (alguns típicos da ópera bufa, mas isso agora não vem ao caso) e substitui-los por homens de mão, tecnicamente mais convenientes, mas sem qualquer legitimação política directa.
Se isto não é um (Mega) Golpe de Estado, o que será?!
Ladrão que rouba a ladrão...

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