O poder está neste momento e em muitos países nas mãos de políticos chungas. E por cá não fugimos à regra, uma das desgraças de uma certa "democracia" é a "democratização" da imbecilidade e da grosseria. Tivemos agora um exemplo de chantagem e contra-chantagem entre o Primeiro-ministro e o líder do maior partido da oposição, acusando-se mutuamente de terem mentido e o público fica sem perceber quem estará a mentir e claro, inclina-se para que sejam os dois.
Medeiros Ferreira ex-MNE, e doutra cepa, avisa que a falta de educação em política se materializa, por exemplo, em encontros a dois para negociar, algo que nunca deveria acontecer. Os partidos são entidades colectivas cujo fito é gerir a colectividade e manda um módico de bom senso e formação republicana (no sentido original de res publica), que este tipo de encontros se realize entre delegações.
É que a diplomacia foi inventada para envolver em "veludo" coisas muito duras e com muitas arestas, mas esse envólucro dignifica-as e dignifica as relações entre as pessoas.
Não será por acaso que mesmo a hipocrisia seja o tributo que o vício paga à virtude.
Como estamos entregues a parvenus, que não raramente roçam o burgesso, com óbvia falta de chá e que cultivam uma despudorada forma de arrivismo "solipsista", passa a ser vulgar que encarem o tête-à-tête como modo "normal" de fazer política.
Depois não podem admirar-se, nem fazer-se escandalizados, quando um deles ouvir o outro a dizer que só tornará a falar-lhe em frente de testemunhas.
Como dizia a minha avó:
- "Escusavas de ouvir isto!"
É chunga, é muito chunga!!!
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