domingo, 19 de setembro de 2010

Deuladeu


Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Luís Vaz de Camões

O dr. Gilberto Madaíl continua apostado na prosecução dos altos exemplos de devoção, abnegação e sacrifício patriótico da giesta dos nossos "egrégios avós"; desta feita foi da grande Deuladeu Martins que colheu o nobre exemplo.
No reinado de El-Rei D. Fernando e estando a praça-forte de Monção sitiada por um exército castelhano, a castelã Deuladeu Martins comandou, na ausência do marido, o capitão-mor Vasco Gomes de Abreu que andava em peleja por outras paragens, a resistência ao invasor.
Estando a vila quase a perecer de fome e na iminência de ter de render-se, a heróica Deuladeu teve o rasgo de génio que lhe permitiu fazer o maior e mais vitorioso bluff da lusa história. Com a última farinha que restava, mandou cozer uns poucos pães e brandindo-os das ameias do castelo, atirou-os às tropas sitiantes que perante este gesto de fartura e também acossadas pela fome e outras moléstias de campanha se retiraram.
Agora sabemos que animado por este espírito de serviço pátrio o dr. Madaíl afirmou ter tentado contratar o valido Mourinho para guia das nossas hostes e que o Real Madrid terá recusado. Essa tentativa é, porém, desmentida por Valdano, intendente-mor do Real, que afirma que o Presidente da FPF deu o acto por frustrado sem sequer o ter proposto a D. Florentino Perez, real potentado do Merengue. Sem dúvida um acto de bluff patriótico que terá servido sobretudo para lhe retocar a imagem e levantar a moral das hostes, permitindo o golpe de asa, também inspirado pelo estro do vate Luís Vaz de Camões - de passar da Idade Média à Era Espacial, sondando o comandante Paulo Bento que como todos sabemos é um veterano do "Mar da Tranquilidade".

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