domingo, 27 de março de 2011

Contumácia - a propósito de uma alegada "inconstitucionalidade"


Não deixa de ser espantoso e dá mesmo para desconfiar, como forças políticas representadas na AR, que têm “resmas” de juristas, permitem que se deixem sempre alçapões abertos para a chicana. O PSD que tem como deputados ilustres constitucionalistas, podia ter alertado os representantes do PCP para as consequências jurídicas da redacção desta resolução antes do texto ter sido votado. Mas a situação não constitui propriamente novidade, o argumentário "xuxialista" é sempre recorrente (os "argumentários" no PS são assim umas pequenas brochuras - e aqui ocorre-me a divertida expressão de Mota Amaral a propósito do número "69" - "curiosa palavra", com que se martelam as cabeças de certos indigentes para que esses "argumentos", em regra falaciosos, sejam debitados ad nauseam mesmo por quem não sabe, nem nunca saberá, até porque não interessa, o que significam).
Toda a gente se lembra de quando no tempo da “outra senhora” (Maria de Lurdes Rodrigues, não a D. Maria do Salazar, pois esses tinham, pelo menos, respeito pelos professores) a ADD esteve à beira de cair com os votos do grupo de Alegre (que depois foi corrido do Parlamento) e o mesmo Jorge Lacão (lá pelo distrito dele até há quem lhe chame outra coisa) veio com a mesma léria da “inconstitucionalidade” e a ministra de então (a dama do olhar de Medusa) veio com a mesma ladainha do “excelente trabalho das Escolas que ficaria a meio”.
Esta gente padece de uma enorme e contumaz falta de imaginação.

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