sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Chapeladas"

Umas das mais recentes e supostas "broncas" lançada para ter efeitos de desgaste eleitoral, neste caso, sobre o PSD, é uma "denúncia", aliás, muitíssimo "oportuna", de "chapelada" em eleições internas deste Partido por obra dos "nefandos" António Preto e Helena Lopes da Costa e logo os dois, que conveniente.
É evidente que quer um, quer outro, podem muito bem não ser "flores que se cheirem" (cá para mim, Helena Lopes da Costa,será, assim à vista desarmada e também pelo "histórico", mais "cheirável" do que Preto); mas alguém terá dúvidas que se as eleições nacionais fossem como as internas dos Partidos (e infelizmente não só), estaríamos no tempo da "outra senhora"?! Pela parte que me toca e de saber de experiência feito, não tenho nenhuma. Como militante do PS já vi e soube, nesta matéria, de tudo um pouco, desde as dezenas de militantes que "residem" (nos ficheiros é claro) numa só Rua, até vinte ou trinta que "moram" num só apartamento de três assoalhadas, a elevados montantes que são pagos em quotas para que possam votar (no candidato do "grupo" que as paga, claro está), aos militantes que vão votar e não sabem sequer como se chamam (estando, obviamente, a votar por outros), às urnas que "voam" pela janela em pleno acto eleitoral, às reuniões de distritais da "J" em que a PSP é chamada a intervir por várias vezes e em que facções opostas contratam "jagunços" para agredir a concorrência, fora, claro, os scores verdadeiramente "norte-coreanos" (90 e tal % e assim) para um só candidato, geralmente o "que tem que ser", etc., etc., etc..
Isto já para não falar dos empregos, "tachos" e sinecuras várias a que tais apoios dão "direito" uma vez atingido o objectivo e de que o "caso Joana Amaral Dias" foi apenas um exemplo, que só foi conhecido porque correu "mal" (é que há gente para quem a medida da venalidade alheia é o espelho).
Enfim, "metodologias"!

4 comentários:

quim disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
quim disse...

Lamento imenso, visto saber que "pertences" a um partido, mas os partidos portam-se, mo mínimo, como gangs e, no máximo, como, mafias. Daí que a surpresa e a falsa estupefacção dos jornalistas e comentadores (a maioria dos quais está a cumprir uma agenda para as mafias) perante actuações como a de correr com a Manuela (a da TVI), só se destine a manipular papalvos. O PS estava a preparar um contra-ataque decisivo de campanhas negras (que se está a ver agora), eventualmente aliado aos corridos pela outra Manuela das listas do PSD, e quem lhe poderia fazer frente na maquinaria de propaganda que é a comunicação social? Por triste que seja, há que concluir que só aquela para-jornalista da TVI tinha poder, visibilidade e coragem para isso. Sem ela, temos as três televisões domesticadas (com o Ricardo Costa a executar o papel muito hábil de parecer independente), uma campanha contra o "Público" que o faz ficar à defesa e até o "Sábado" a enfileirar-se contra a Manuela do PSD (porventura, a proteger outro PSD). Isto, em plena campanha eleitoral - praticamente, só faltava um coro de anjos a dar hossanas a Sócrates.
Ora, que dizem agora todos aqueles comentadores que consideraram impossível que Sócrates fosse tão estúpido que corresse com a Manela nesta altura? Ou seriam eles próprios os estúpidos, incapazes de olhar para lá do momento? Ou só estavam a fazer um servicinho colateral ao padrinho? A verdade é que sem ninguém para veicular campanhas negras contra o PS, o PS pode, à vontade, dar largas às suas, rumo a uma vitória conseguida apenas pelo recurso à manipulação e à propaganda, e que a situação sócio-política do país, à partida, não permitiria.
Nada que seja novo para este PS, este PS a quem não interessava o esquerdista do Ferro Rodrigues e que conluiado com Sampaio e os grandes empresários do país, emulou Santana através de uma bem sucedida campanha de manipulação da comunicação social, para erguer o eleito consagrado na missão divina de salvar Portugal - salvá-lo dos bandalhos dos funcionários públicos, dos professores, dos enfermeiros, dos gastos com a saúde e a educação, das exigências das leis laborais, para entregá-lo ao Amorim, à Mota Engil e ao seu Coellone, ao BCP e aos Mellos, de início até ao Belmiro, até mesmo ao BPN e ao BPP, tudo pessoas respeitáveis segundo o camarada Constâncio, não fora a crise que entretanto bateu à porta - que acaba por ser a última bênção a salvar o ungido Sócrates e a permitir-lhe, pelo menos, o início da ressurreição a que agora assistimos.

quim disse...

Já agora, viste aquela dos carros da campanha do PS? Sob alegação da liberdade de expressão em campanha eleitoral, já se pode infringir o código da estrada à vontade? Ou será que os senhores que estiverem no poder neste país, têm, relativamente à lei, uma espécie de direito superior, uma espécie de versão moderna do direito de pernada, ou seja, de fazer o que lhes apetecer?

Anti PS Neoliberal disse...

Pois, o PS e nomeadamente no Barreiro tem histórias "dessas" hilariantes, tais como gajos enfiados em armários a ouvir reuniões, outros casos, alguns deles contados no teu post, é um rir!